domingo, 4 de dezembro de 2016

A vida é cheia de supresas.

O bom de escrever é poder começar do jeito que você quer. Do jeito que mais te agrade. O meu é com esse clichêzão. Parece que de 2016 todo, alguma lição eu tirei. Esse ano eu fui tantas pessoas diferentes, passei por tantas coisas boas e ruins que em certos momentos eu achei que não iria aguentar. Eu não queria mais passar por aquilo.

O ano começou e eu tava morena com cabelo curto, agora to ruiva desbotada com cabelo comprido. Eu ainda amava meu ex e achava que nosso amor era tudo o que eu precisava pra ser feliz. Aí eu conheci pessoas novas. Conheci o Renan, que foi uma pessoa essencial pro meu desenvolvimento na arte de ser doidinha, característica clássica minha. Me ajudou a ver as coisas de um outro ângulo e me apoiou em todos os momentos ridículos que eu passei, sempre de bom humor, sempre sendo um amigo maravilhoso. Eu conheci o Fred que, mal sabia eu mas, já estava de partida pra Alemanha. Foi um fim de semana suficiente para me mostrar o quão importante ele é pra mim. Foram meses de trocas de histórias, sempre apoiadas, de julgamentos da minha parte mesmo sem perceber. Me apaixonei por um cara incrível, na verdade eu achei que tava apaixonada. Era só a tristeza de ver alguém tão incrível ir morar tão longe. Eu morei com a minha mãe, morei com a minha avó, voltei a morar sozinha. Trabalhei de janeiro à junho. Voltei a falar com as minhas melhores amigas. Percebi que mesmo rodeada de pessoas eu poderia me sentir bem sozinha. Foi um baita de um ano e ele ainda não acabou. Eu tive sonhos, desisti deles. Cometi erros e coloquei a culpa nos outros. Me coloquei em segundo lugar diversas vezes. Fui egoísta muitas vezes também. Com o tempo eu pude remediar alguns erros bem feios que eu cometi. Eu já escrevi tantas vezes sobre como eu me perdi nesse ano e é verdade. Por incrível que pareça, eu sinto boas chances de me encontrar dessa vez. Não por completo, até pq eu acho que isso não existe. Mas de conseguir conciliar as coisas que eu quero com poder fazer as pessoas a minha volta felizes, sem sacrificar a minha felicidade. 

Eu me diverti demais esse ano. Fiz diversas coisas que alguém com meus 25 anos deveria fazer. Passei um mês comemorando meu aniversário. Conheci diversas pessoas e cada uma delas deixou uma marquinha boa. Fiz amigas novas. Basicamente eu precisei desistir de tudo pra saber o que realmente é importante pra mim.  Eu me achei linda, eu me achei horrível. Eu emagreci, engordei de novo. Agora eu tenho celulites e ainda não estou muito feliz mas uma hora eu começo a me aceitar direito. Nada acontece da noite pro dia. De certo modo, eu aprendi a lidar com o tempo. Aprendi que tudo tem o seu valor. Incluindo eu. Eu ri como se não houvesse amanhã e chorei deste mesmo jeito. Eu tive gatas e uma cachorra. Hoje eu só tenho meu cachorro de pelúcia. Eu vi que as coisas não precisam ser sempre tão 8 ou 80. Achar um meio termo é saudável. Eu chorei sentada na escada da balada e fui consolada por pessoas que nunca tinham me visto na vida. Mais de uma vez. Eu fiquei desesperada para namorar de novo. Depois percebi que não tava nem um pouco pronta pra isso. Que eu não precisava de um namorado pra me sentir maravilhosa, eu só precisava acreditar em mim e nesse momento entra o tão falado 'novinho'... Mas essa história fica mais pra frente.

Esse ano eu fui a pior coisa que me aconteceu. Eu me sabotei gratuitamente, procurei ajuda e ignorei ela. Eu fiz meus amigos me odiarem por não conseguir enxergar a verdade. Depois eu fiz eles me amarem de novo pq pedi desculpas. Eu estou bem longe de ser a melhor pessoa do mundo. Sinto falta de pessoas que nem imaginam, inclusive da minha família. Eu passei fome em casa mas pra compensar, eu gastei boa parte do meu salário em comida depois.

Eu sempre tive certeza de algumas coisas na minha vida, uma delas era a pureza e ingenuidade que eu sempre tive em relação as pessoas. Eu sempre amei acreditando nas melhores coisas. Outra delas era que eu jamais me arrependeria de qualquer coisa que eu fiz. E eu continuo assim. Tudo o que eu fiz até aqui foi necessário pra que eu aprendesse. A última delas foi nunca desistir. Se eu quero algo o suficiente, eu não desisto. Eu vou atrás. Não importa quando tempo demore. A diferença essencial aqui é entre desistir e mudar de idéia. Eu quis muita coisa e percebi que não valia tanto a pena assim. 

Pela primeira vez em muito tempo, parece que as coisas vão finalmente vão começar a ter uma direção.

Nenhum comentário:

Postar um comentário