Eu sempre fui intensa. Absurdamente. Eu começava a ficar e via todo dia, ou pelo menos quatro vezes na semana. Passava o fim de semana todo junto. Falava o dia inteiro, pensava o dia inteiro. Queria sempre dar por inteiro e esperava o mesmo da outra pessoa. Só que as pessoas são diferentes e com isso veio a crise de ciúmes, a insegurança e os términos. Meu primeiro namorado sério disse que eu era doente e que eu devia procurar ajuda. Ele estava certo. Eu procurei ajuda e percebi que não fazia o menor sentindo eu namorá-lo. Terminei. O último namorado disse que eu era manipuladora e que estava comigo por pena. Sim, você já deve ter lido isso aqui, pois foi algo que me marcou demais. Eu acreditei nele e achei que eu era a pior pessoa do universo. Até que eu comecei a enxergar que o manipulador era ele e que se ele teve pena de mim, hoje eu tenho pena dele. Ambos tinham em comum o signo, a intensidade do começo e o meu ciúme causado por mentiras descobertas.
Depois do último, eu pensei que não me envolveria com alguém por um bom tempo. Sabia que ficaria com alguém em alguma festa ou sairia um dia com algum idiota que nunca mais falaria comigo. Isso aconteceu. O plano estava indo bem. Eu precisava daquele tempo sozinha. Ainda tinha coisa na cabeça pra superar e esquecer antes de seguir em frente. Por algum tempo eu pensei que ficar isolada era o melhor pra mim.
Agora já não tenho mais tanta certeza.
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