Por muito tempo eu acreditei em contos de fada. Eu cresci assistindo filmes da Disney e comédias românticas. Na minha mente, aquele era o rumo normal da vida. Você tem uma vida que não te satisfaz por completo até achar aquele alguém que muda tudo. Vira seu mundo de cabeça pra baixo, te mostra coisas que você nunca tinha visto e você descobre a sensação de ter borboletas no estômago. A vida parece mágica. Infelizmente, agora é o momento de acontecer algo que fazem vocês brigarem. Após essa briga, vocês percebem que o amor que sentem um pelo outro é maior que qualquer coisa. Vocês tem um reencontro lindo e o universo parece ter voltado ao normal. Felizes para sempre.
Essa deveria ser a parte que eu digo que parei de acreditar nisso. Mas não vai acontecer. Eu sou apaixonada pela ideia do amor. Como alguém assim poderia desistir dos contos de fada? Claro que eu precisei adaptar algumas coisas para a realidade mas isso não muda o conceito inicial de tudo. Amor, na minha opinião, é uma das coisas que nos move. Acreditar no impossível é a outra.
Superar um coração partido sempre é a parte mais complicada. Não tem fórmula mágica e a única coisa que resolve de fato é o tempo. Tempo que parece se arrastar, dia após dia. Você vê suas expectativas e planos irem embora, sem razão aparente. Seu sorriso já não é mais o mesmo. As borboletas se transformaram em um vazio que você não quer preencher com qualquer coisa. A esperança é de fato a última que morre. Você não quer largar aquilo. Não quer acreditar que acabou.
Então o tempo faz sua mágica. Você consegue sorrir novamente. Sente seu coração batendo fraquinho mas o suficiente para ficar de pé novamente. Nos filmes, esse é o momento que você conhece alguém que vai fazer seu mundo parar, novamente. Na vida real, esse é o momento que você percebe que a única pessoa que realmente vai te fazer feliz na vida, independente do momento, é você.
E isso é suficiente.
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